quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sinfonia



Ontem a madrugada invadiu meu ser e o tempo passou tão lentamente, que ouvi o cantarolar dos passarinhos ao despertarem para mais um dia de aurora. Permaneci sentado numa cadeira de forro branco por algumas horas, refletindo sobre a minha missão de não permitir minha missão maior falhar: a de ser feliz pelas escolhas tomadas.
É tarde para lamentar, mas é cedo para tomar qualquer partido. E, mesmo que as turbulências me invadam, como numa sinfonia desafinada, tento acertar meu tom e não permitir que a música pare de tocar. Ela é tão linda, ela é tão singela, ela é tão verdadeira. Ela É por si e ela faz por mim.
Posso não possuir o instrumento mais desejado, mas com o que tenho reforço a orquestra que embala a vida de algumas pessoas. Quem me rege é supremo em sabedoria e me guia em todo momento, não permitindo que eu caia em desalento. Ouço, vejo, sinto e espero...
Ah, maldita espera que me traz angústia, que me tira a paciência e que afasta de mim o doce sono da inocência. Espera que me invade e me inquieta, espera vívida em agonia, cujo peso escarnece a já cansada melancolia. Volta para si, triste espera, e desdenha o escárnio do sapato, que de tão apertado, gera dor em detrimento de um calo. Calo que dói doendo, que dói querendo e que dói sabendo do sofrimento gerado.
Quero acordar de um sono de paz e não de um sono perdido. Quero olhar para o horizonte e contemplar a magia da esperança transformada em fé, plantada num vaso de barro bonito. Quero afinar meu instrumento e num tom de incremento, explorar toda plenitude do que é por mim querido.
Sou senhor da minha arte e o único responsável pelo sucesso do meu espetáculo sou eu. Quero olhar para trás e dizer: Valeu a pena todo sofrimento, valeu a pena ver o sangue alcançar a canela, valeu a pena ver a lágrima escorrer pelo rosto e respingar nas folhas do meu destino. Não tão simples assim, mas assim. Sei que valerá a pena.

Por: Fábio do Bú.

Adele - Rolling in the Deep

Uma das grandes revelações mundiais no cenário muscial: Adele. Sem dúvidas, suas canções imprimem verdade e, com muita suavidade, a essência do que é o amor.

Esta é uma das minhas músicas preferidas, espero que gostem:



Se amar é sofrer, que soframos. O importante é amar e ser amado!

Por: Fábio do Bú.