segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sem você aqui comigo...


Já era madrugada e o sono insistia em não vir... Quando menos esperei você chegou em meus pensamentos. Essa não era a fórmula mais apropriada pra me fazer dormir porque você me tira a paz. Me perco em você da maneira mais folclórica, cheia de enredos que beiram o ceticismo.
Já pensei em te dar mais uma chance, mas a sua covardia me faz crer que as segundas chances nasceram para os fracos e oprimidos. Reluto de idiota que sou. E o pior que as lembranças me consomem quando sinto o mesmo perfume que você usa, quando vejo sua cor preferida, quando saboreio aquilo o que os seus lábios se deliciam...
E olhe que ainda não mencionei seu olhar e seu sorriso. Ficaria o dia inteiro contemplando suas reações, nem precisaria falar nada. Velar pelo seu sono após uma noite quente de amor seria a maior recompensa pelo sofrer da sua ausência. Por que você não some de vez e me deixa em paz? Mesmo sem querer arruma um jeito de me perturbar.
A mão que deixou marcas avermelhadas na tua face é a mesma que afaga seu rosto em pele clara e suave quando se abriga em meu peito.
“Se amar é sofrer” como diz o poeta, quero morrer em seus braços, que me aquecem e confortam... Mas você não está aqui... Maldito suspiro que permeia os intervalos de melancolia. Isso sofrimento, sussurra sem dó e faz meu coração doer em vazio, me faz crer que há desesperança no querer bem, eu mereço. Eu mereço viver o improvável porque sou besta, sou platônico.
Alívio é não ver você com ninguém, é saber que a solidão também te acompanha. Sei que isso é muito egoísta de minha parte, mas é melhor uma verdade dura do que uma mentira hipócrita.
Mas quem nunca teve dor de amor? Quem nunca se perdeu em ilusão? Quem nunca sofreu pelo insofrível? Tão simples... O valer a pena é obra do cansaço. Posso até estar perdendo tempo com você, mas desistir do que idealizo é pouca bobagem. Tenho falado coisas sem nexo, mas pra quê nexo em um assunto tão subjetivo? Amar é ter a loucura aflorada na pele que escorre vida pelos poros. Vida essa que sem você não encontra sentido.
Depois de muito martírio o sono chega... Enfim te esqueço!


Por: Fábio do Bú.

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