Na minha humilde concepção, o sentido real da amizade é maior do que o significado da palavra “amigo” por si só. E isso acabei descobrindo na prática. Ser amigo é mais do que se ter afeto, é mais do que se ter um conhecimento mútuo com base na lealdade.
Ser amigo é demonstrar fidelidade sem o compromisso de mostrar que é fiel a troco de uma bem-feitoria, de interesses cuja valia é o bolso ou o status. E falo isso porque já passaram pela minha vida alguns “amigos” que me fizeram despertar para um conceito mais crítico e exigente de amizade.
Para chegar até mim e ser meu amigo é preciso uma conquista, uma árdua conquista. Nada mais justo para quem tanto se dedica e enobrece seus mais puros sentimentos de entrega, carinho e respeito. Tenho poucos amigos, que não excedem os dedos de uma mão, mas são os que fazem crer que sei amar o suficiente para fazer as melhores escolhas.
Quando dizem que os amigos de verdade só aparecem na hora do aperto, até parece clichê, mas não é. É o tipo de cena que seria cômica se não fosse trágica, mas num momento de aperreio, quando se precisa de ajuda, algumas pessoas se fazem de desentendidas e fogem das responsabilidades de amigo como se fossem animais ariscos com medo do fogo. Uma lástima.
Convido você a fazer uma reflexão sobre qual o real sentido de amizade que você tem para com os outros que te cercam, você os valoriza? Tem percebido pessoas que dizem ser seus amigos, mas no fundo estão em busca de algo que você possa oferecer e que seja lucrativo para eles?
Tenha percepção, não se permita ser um burro de carga, que serve para levar o peso dos outros nas suas costas; nem um coxo para alimentar os cavalos. Acorde enquanto há tempo, não se deixe influenciar pelas más influências. Ser amigo também é fazer isso, alertar. Mesmo que você não faça ideia do que esteja acontecendo ao seu redor, dê ouvidos a quem tanto de considera. Um amigo de verdade briga com você, sofre com você, chora com você ria com você, ele simplesmente compartilhar a mesma dor e a mesma alegria que você! É amigo!
Desperte!
Por: Fábio do Bú.
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